quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Foi-se a chuva, carregou o vento

Quando cheguei ao pesqueiro chovia a bom chover. Sai do carro e assomei-me ao mar para ver o seu estado antes de fazer o engodo. Engodo feito e a chuva parou de cair. Com o mar de feição e a ausência de vento era o pronuncio de uma boa pesca.
Chegado ao local, e antes de começar a engodar, faço dois lançamentos e ferro dois Sargos. A pesca prometia. Mais uns lançamentos e … nada! Querem lá ver que os meus meninos querem engodo! Umas colheradas de engodo para dentro de água e faço um compasso de espera para o peixe entrar. Passado um bom bocado, anzol novamente de molho e … sai outro Sargo. Verifiquei que vinha embeiçado, pelo que o peixe andava desconfiado. Anzol de molho e ferro outro peixe. Desanzolou, o que veio confirmar as minhas suspeitas. Mais uma colherada de engodo e novo peixe ferrado que veio para o ceirão.


Peixe ferrado e tirado. Peixe ferrado e desanzolado. Foi esta a cadência de pesca até que, passadas duas horas, começa a carregar vento fresco de Barlavento. Mais uns lançamentos e estava na hora de fechar a loja porque o vento era rijíssimo (50/60Km/h) tornando impossível suster a cana nas mãos e manter a bóia dentro de água.


Como curiosidade, fica aqui a foto deste Sargo que, ao sair de dentro de água, tinha a cabeça, barriga e barbatanas peitorais e laterais (alheta) azul eléctrico metalizado. Ampliada, a foto, ainda dá para ver esse pormenor, embora poucos segundos depois tenha desaparecido por completo.

Abraço e saudações piscatórias

1 comentário:

j.m.miguda disse...

Aí está um dos factores "vento" que é na minha opinião o pior "inimigo" do pescador de bóia.Mas há que procurar alternativas ou seja pesqueiros abrigados consoante o vento.Apesar de não ser aquele pesqueiro que á partida era o melhor derivado ao estado do mar, mesmo assim quem sabe sempre colhe uns peixes.Cumprts, Zé Miguel.