quinta-feira, 14 de maio de 2009

Manutenção do equipamento – Lubrificar o carreto

Este é um aspecto que não devemos descurar, pois garante-nos a durabilidade, fiabilidade e desempenho do carreto. Uma boa lubrificação permite-nos que o carreto dure muitos anos sem o desgaste das peças e protegendo-o da água salgada e do salitre.
A lubrificação deverá ser executada todos os anos, antes do início da época de pesca.
Primeiro deve-se proceder à desmontagem do carreto e à lavagem das peças, de maneira a retirar a massa antiga. As peças do carreto deverão ser pinceladas com petróleo, a fim de ser retirada a massa. Deixa-se secar as peças, para que a massa adira bem.
De seguida, a massa deve ser aplicada em todos os sítios onde exista fricção entre metais, nomeadamente: nos rolamentos, no veio, na roda de corroa, no pinhão de ataque, no sem-fim, no interior da cavidade onde encaixa a manivela, entre a asa de cesto e o rotor, no rodízio, no drag e no interior da bobine, onde entra o veio.
A massa, que eu utilizo, consiste numa mistura de massa Grafitada, usada nas caixas de velocidade dos carros de competição, para não provocar desgaste nas peças; massa Blue Marine (Mitchell), que protege as peças da água salgada e do salitre, e óleo Gamo, para limpeza e lubrificação de espingardas, que faz com que a massa não fique muito densa. A massa muito fina tem tendência a escorrer das peças, enquanto que a massa muito grossa torna o carreto perro. A massa não deverá ser aplicada em excesso.
O rodízio, como é a peça que mais exposta está à água salgado e ao salitre e a que, porventura, mais trabalha, convém, de vez em quando, colocar umas gotículas de óleo.
Para finalizar vou-lhes dar o meu exemplo. Possuo um carreto (fig.1) com cerca de quinze anos, com o qual pesco quase todos os dias à bóia e ao fundo, já tendo apanhado arroubas de peixe e, apesar de exteriormente ter um aspecto lastimável, por dentro está impecável, parecendo o seu trabalhar um relógio Suíço.


Abraço e saudações piscatórias

1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente Paulo é caso para não acreditares, pois isto podia ser a chave para as marcas não se encherem de guita à custa de manutenções da treta, pedidas por clientes crédulos, por vezes nem o chassis abrem, ou esquecem peças de fora.
Bem hajas pelos posts tão uteis que vais deixando.

Abração do t-shirt, para o meia galoucha

Ass. César Faria