sábado, 9 de outubro de 2010

Por onde se deve começar?


Esta foto foi tirada da ementa do Restaurante "Solar do Perceve", na Vila do Bispo, e ilustra bem o caminho a seguir para a real preservação do Perceve. Sem mercado não existe oferta. Sem oferta o Perceve terá o seu defeso efectivo. Tão cristalino como a água!
Porém, segundo contactos com pessoas do meio, existem restaurantes e marisqueiras fora da zona onde o Perceve, apesar do defeso, continua a ser comercializado, sendo também  vendido para Espanha para "passar desapercebida" a sua apanha e comercialização.
Assim sendo, os avisos de que o Perceve se encontra em vias de desaparecer caem em saco roto. Resta apenas que a natureza faça o seu papel de "mãe protectora" e, durante uns meses, traga umas valentes maresias.


Foi com grande satisfação que no fim de semana passado vi uns placards alertando os pescadores para a eventual proibição da pesca no PNSACV (Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina) caso se continuasse a assistir à sistemática poluição dos pesqueiros e zonas circundantes. Falta, "apenas", que sejam colocados recipientes para a recolha do lixo junto dos pesqueiros e dos parques de estacionamento, por forma a não haver desculpas por parte dos pescadores. Se tudo continuar como dantes não se admirem de o ICNB (Instituto para a Conservação da Natureza e Biodiversidade) ter mais do que razão para proibir ou pedir/propor a proibição da pesca no PNSACV. Depois não digam que não foram avisados!
Apesar da colocação dos avisos constactei que os mesmos tornam-se ineficazes, como demonstram as fotos abaixo, não obstante as mentalidades estarem a mudar, ainda que a um ritmo muito lento... Talvez uma fiscalização mais apertada e coimas avultadas para os infractores tornassem o processo de aprendizagem mais rápido.

Lixo no pesqueiro

Lixo no parque de estacionamento

Abraço e saudações piscatórias

4 comentários:

Pedro Franco disse...

Ora Viva,
Pois é apesar de algumas mentalidades já terem mudado outras á que insistem em continuar a poluir e a destruir um espaço que é de todos, aqui pelas bandas do Oeste a situação também se repete, se todos fizessem como nós de certeza que estava melhor, eu por vezes quando a faina é fraca e ainda sobra espaço na lata alem do meu lixo trago lixo que outros lá deixaram.
Abraço e saudações piscatorias

Anónimo disse...

"Talvez uma fiscalização mais apertada e coimas avultadas para os infractores tornassem o processo de aprendizagem mais rápido."

Ora, nem mais !


Saudações cordiais,
Mário Pinho

Anónimo disse...

vi este link num comentario de um jornal online aquando das votações das 7 maravilhas infelizmente parece que ninguem da razao ao autor do site

http://web.me.com/p.serra/www.soscostavicentina.com/Bem-Vindos.html

Sr. PêJotaFixe aceda a este link e veja com os seus olhos que não sao apenas os pescadores que sujam, mas esses ninguem fala deles, cagam, mijam, mudam as fraldase tampoes atras do mato cozinham, lavam loiça no mar, etc, uma america.muitos pescadores por teorias dos presidentes das camaras, até tem razao existem pescadores que nao o sao, sao autenticos porcos e depois quem paga esta porcaria toda sao aqueles que nao deixam la lxo ou que trazem. mas estao de parabens pela iniciative e de louvar.parabesn pelo seu site esta muito bonito e educativo

gloria graço

PêJotaFixe disse...

Caros Amigos e Amiga,
Obrigado pelos comentários. Vejo que também partilham da minha preocupação em relação ao Ambiente. Ainda bem que assim é porque de outra maneira o mundo estaria pior. Cabe-nos a nós denunciar este tipo de situações e conribuir, no terreno, para que a situação não se torne mais grave.
Como diz o Amigo Pedro, também eu trago sempre montes de lixo dos pesqueiros e zonas circundantes. Não fui eu que o fiz. Trago-o por uma questão moral, ética e inata.
Quanto ao campismo selvagem, como refere a Amiga Glória, é uma questão que também me preocupa bastante no sentido em que acampam e levam as caravanas para todo o lado, incluindo as dunas. No que respeita ao lixo gerado pelo mesmo, têm mais sorte que os pescadores e, só não cumprem porque não querem, dado que têm contentores do lixo patrocinados pela Autarquia colocados nos parques de estacionamento que se transformaram em "Parques de Campismo" ilegais. Ainda me lembro do tempo em que proibiram os pescadores de pernoitar nas viaturas na zona dos pesqueiros...e de no inicio deste Verão a P.M. multar os carros dos pescadores estacionados na berma da estrada...
Infelizmente, Amigo Mário, as multas não resolvem nada porque, mesmo no ceio das Autoridades, ainda existem muitos agentes que "fecham os olhos" a este tipo de infracções. São capazes de multar um pescador porque o peixe não tem medida e o mesmo ou outro pescador ao lado está a jogar um saco plástico ao mar ou para o chão, sem consequências. Enfim...

Para todos, Abraço e saudações piscatórias